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Gosto dos redactores do Diário Digital. Os títulos que escolhem fazem-me o dia. Neste, por exemplo, José António Saraiva ganha o estatuto de referência biliográfica. Os nomes próprios existem para compensar uma dimensão que nos falta. Quando o referido é identificado apenas pelo apelido, já estamos a falar das criaturas perenes cuja profundidade do legado, maior que qualquer vida, os faz pairar acima dos instantâneos mortais. O semanário é um mero detalhe. É o semanário de Saraiva. A extensão natural do artista. Há a Guernica de Picasso, O Pensador de Rodin. Finalmente, o semanário de Saraiva. A Bola dá o toque místico ao preparado. Se não estivermos a pensar em jornais desportivos, A Bola pode muito bem ser o que quisermos. Confesso que a voz sofrida e sinistra de Saraiva parece-me combinar bem com ambientes esotéricos e imagino imediatamente A Bola como uma designação abreviada para A Grande Bolha Cósmica, um oráculo esférico com vontade própria que Saraiva consulta antes de escrever os seus editoriais. Não podendo contar com a sua contribuição, a segunda escolha vai para Miguel de Freitas e a sua interpretação do Oráculo de Belline. Notem que esta brincadeira é apenas a propósito do título do Diário Digital e não do semanário de Saraiva. As minhas desculpas. Assim que tiver material, trato assunto.
[ M]: :D Mas afinal o que é que tu tens contra o pobre Saraiva? Esta antipatia toda merece uma explicação. Eu não penso nem bem nem mal dele, acho-o completamente esquecivel.
[ Calvin]: Não sei, acho piada àquele ar sofrido, àquela voz de mártir e aos editoriais anódinos. :o)
[ pimpinelle]: experimenta os do 24h, não tão subtis mas de trazer mortos à vida. hoje logo pela fresca ponho os olhos nisto: Orgias em alto mar, com toda a capa e restante miolo a preceito... .)
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