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Numa altura particularmente exigente da minha vida profissional, as horas de sono eram poucas e era essencial não dar a entender ao cliente que me acolhia nas suas instalações que eu estava prestes a aterrar com a cabeça no teclado, bêbado de sono. Face a isto, fiz uma coisa que não é bonita, mas para a qual não enconteei alternativa: dormir no trabalho. Encontrar um sítio para dormir no local de trabalho apenas parece uma tarefa de difícil execução. Pura falácia. Não há nada mais simples. Basta que o local de trabalho tenho um WC lavadinho e confortável onde haja uma sanita com tampo, isolada no resguardo de uma divisão autónoma com trinco na porta. O sonolento trabalhador utilizará a privacidade que esta pequena divisão proporciona para dormir a necessária soneca, sentando-se no tampo da sanita e apoiando braços e cabeça no autoclismo se o volume a posição deste o permitir. Não há preocupações com despertadores, uma vez que o tempo necessário para alguém se recompor é sensivelmente o mesmo que demora até que alguém entre na casa-de-banho e nos acorde. Depois, é só fazer uma descarga do autoclismo para disfarçar, dar umas estaladas na cara para tirar o ar ensonado, sair, lavar a cara e voltar ao trabalho , desta vez com as faculdades mentais plenamente resgatadas graças à regeneradora siesta. À medida que fui confessando esta minha prevaricação em horário laboral, fui-me percebendo que este método não era apenas uma originalidade minha e que afinal somos muitos a dormir no WC do trabalho. Quantos, precisamente, é o que eu gostava de saber. Para isso, peço-vos que respondam ao inquérito que se encontra ali à esquerda na barra lateral. Não custa nada e pode ser que os resultados sejam o início de uma revolução arquitectónica dos locais de trabalho. Labels: blogocracia participativa, dormir, trabalho
[ Rafeiro Perfumado]: Numa reunião daquelas chatas, mas mesmo chatas, estava a cair para o lado de sono. Quando chega a altura do Coffee-break, aí vou eu todo lampeiro para o WC, para fechar os olhos e não aturar as conversas circunstanciais. O tampo era daqueles de plástico, pelo que quando me levantei, estava todo metido para dentro. Ao encostá-lo ao autoclismo, saiu violentamente para fora, dando o efeito de um tiro de caçadeira. Não será necessário dizer que em poucos segundos o WC estava cheio de gente a tentar ver o que se tinha passado, eu inclusive que entretanto me tinha pirado a correr!
[ ]: Sim, so o sítio (IST) já é propício para esse genero de comportamento... E ha quem não se previne como tu, e fica-se logo ali nos anfiteatros... Ainda acho que o WC é socialmente mais aceite. :-)
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