O ecoponto da minha rua é o ponto mais nojento da minha rua. Ou o Gervásio também já aprendeu a desenroscar o frasco dos esteróides ou a Valorsul acha que a par do vidrão e do papelão, também o chão é um contentor de resíduos sólidos.

Não é só por não gostar da maneira como ele escreve. Não é só por ele cultivar o comunismo arcaico. Não é só por ele dizer Nobél com a tónica no é. É por dizer coisas destas.
É especialmente por dizer coisas destas (que Portugal alegre e voluntariamente se deveria tornar província de um país que por duas vezes não nos conseguiu invadir) que Saramago é a prova cabal de que não devia ser permitido que as pessoas pudessem viver em cima de sedimentos vulcânicos (ou para o efeito, confundirem-se com eles).

Já agora, como é que poderemos designar esta tese que defende a ideia de Portugal como uma província de Espanha? Provincianismo?

Manuel Alegre e Helena Roseta são o Dom Quixote e o Sancho Pança da política portuguesa.
(E naturalmente, podem contar comigo.)

O taxista que ontem me levou a casa mostrou-se seriamente preocupado com a fiabilidade destes radares e não teve pudor em partilhar comigo as suas reservas. Destaco esta passagem do argumentário: «Então e eu sei lá se aquilo funciona bem com vento e chuva? Como é com as intempéries? Sei lá se há uma ilusão de óptica das águas nas câmaras que quando se vai a 45 aquilo marca 51?»

Nunca tive grande interesse nem nunca senti grande entusiasmo à volta do fenómeno Harry Potter, fosse escrito ou filmado. Mesmo assim, é impossível ficar indiferente. O rapaz já acabou o curso ou não? E quando é que se casa?

Para dissipar a agitação e o tónus muscular, nada como ver uma entrevista de Mário Augusto a uma estrela de Hollywood.

O desafio vem da incrível, incomparável, única, singular, genial, lindíssima e fabulosa Pimpinela na sua Kitschnet. Naturalmente, sinto-me agraciado com tal honta e ao repicar dos sinos eu digo -Presente!

Cabe-me assim enumerar os últimos cinco livros que li. Acontece que tenho sempre a sensação de que os livros que tenho para ali na estante à espera de vez são muito melhores do que todos os que já li, por isso a Pimpinela que me perdoe a ousadia mas esta corrente vai sofrer uma mutação. Cá vai a shortlist dos livros que estão ali preparadinhos para irem parar à mesa de cabeceira:

• The Road to Reality, Roger Penrose, Vintage


• Os Caminhos do Jazz, Guido Boffi, Edições 70


• Mito e Significado, Claude Lévi-Strauss, Edições 70


• A Espuma dos Dias, Boris Vian, Relógio D'Água


• A câmara clara, Roland Barthes, Edições 70

E porque isto das correntes é uma coisa séria e se eu não passar isto no espaço de 48 horas, ainda me arrisco a receber um CD do Abrunhosa no Natal, passo a outros sem ser ao mesmo: Pedro F. Ferreira [Às duas por três...], ON [Prozacland], Fixe Mobil [Sandes de Choco] e as 4 Coisinhas [As 4 Coisinhas].