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[Do som mais sujíssimo que anda aí] 
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Autoria
 
    Calvin
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Contribuições
 
    Astronauta Spiff
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    Homem Estupendo
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    Hobbes
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Começar de novo

 

 (23)



Todos os Verões assistimos nas esplanadas e passeios de Lisboa a uma cena recorrente: centenas, se não mesmo milhares de jambés sofrem nas mãos de impiedosos verdugos, percussores inábeis enviados pelo mafarrico para nos dar cabo dos nervos.

O empenho e entrega são invejáveis, imbatíveis. Andam com o raio do jambé para todo o lado. Mas se gostam tanto da porcaria do jambé, por que é que não aprendem a tocá-lo?

   

 

O post

 

 (6)



Eu não sabia quem era a Isabel Ramos até ver este pequeno impulsionador de carreira. Resta saber de que carreira. Apesar do fardamento e dos adereços taurinos, há algumas coisas que não batem certo.

Para já, a reduzida importância que é atribuída ao apelido da rapariga. É destacadamente Isabel, mas timidamente Ramos.

Depois há a pose. Alguém acredita que Isabel Ramos, recostada como está na palha, parece ir lidar um touro ou segurar uma bandarilha?

Finalmente o mais enigmático: A arte. A classe. E o... temple?! Exclamado e reticente ainda por cima?
Arte e classe juntas já não são famosas e costumam vir acompanhadas de uma barra de metal fixa na vertical. E quanto ao tal temple? Qual o papel dele neste preparado?
Visito um site (mundo-taurino.org) perfeitamente ao acaso (Cof! Cof!) para descobrir o que é o temple. E o que é que descubro? «temple - using smoothness and rhythm». Agora está tudo explicado. E eu que quase pensava que a Isabel Ramos era toureira.

   

 

A letra Tê

 

 (17)



Acho que o Rui Veloso é um tipo simpático. Tem ar de ser boa pessoa. A música não é boa nem é má. É música bem feita (com tudo que de entediante esta descrição pode encerrar). De qualquer forma, espero que Rui Veloso continue a vender imenso e a ter muitos fãs. Gosto que as boas pessoas tenham sucesso no que fazem.

Aliás, Rui Veloso deve ser mesmo uma criatura santa para ter passado estes anos todos a trabalhar com o Carlos Tê. Não imagino letras mais descabidas na música portuguesa (com particular ênfase para o anel de rubi e o Tivoli) e até a métrica das letras do Marante consegue ser por vezes melhor.

A música do Rui Veloso até conseguiria passar despercebida em algumas circunstâncias se não fossem as letras do outro. De facto, o cérebro não consegue simplesmente ignorar nada tão absurdo, dá o alarme e ficamos de nariz torcido e sobrolho levantado a tentar encontrar algum sentido naquelas letras.

Só espero que o Carlos Tê não tenha cara de boa pessoa (Isso é um enigma para mim: já alguém viu o Carlos Tê)? Ia ter que lhe desejar o melhor sucesso. Ou abrir uma excepção.

   

 

Passo a palavra

 

 (11)



Entrei na loja e perguntei se tinham o artigo. Fui informado de que «costumamos ter, mas por acaso agora não temos». A sentença foi confirmada pelo computador que comprovou matematicamente a nula e redonda quantidade em stock. Em jeito de conforto, foi-me sugerido «vá passando».

Esta frase ficou a ecoar-me na cabeça. Vá passando. Passou-me pela cabeça que é uma coisa muito portuguesa, o passar. Uma ida ao dicionário reforça a minha sensação: passar tem 19 entradas como verbo transitivo, 9 como verbo intransitivo, duas como verbo reflexivo, uma como verbo intransitivo. Já não passamos sem o passar.

Passamos o tempo em vez de o usar. Fazemos passatempos quando passamos férias. Metade do país deve ter passaporte à conta de umas férias na Tunísia. No fim do mês passamo-nos da cabeça, dos carretos, com tudo e com todos, na bicha para comprar o passe (onde há passageiros e passadores) e onde há sempre alguém a querer passar à frente, como em qualquer bicha. Invariavelmente, as bichas cruzam-se com locais de passagem, a não ser que se trate de uma bicha numa passagem de nível - designação lisonjeira, já que depois de passarmos, é sabido que estamos exactamente no mesmo nível. Portugal é mesmo assim; passamos de nível e ficamos na mesma. Somos passivos, somos mestres do passo lento, por muito que tentemos acertar o passo com os outros. Passamos a vida a dizer e a esperar ouvir «desta vez passa» até nos habituarmos. Até as dores passam, ou vão passando. Cumprimentamo-nos com um passou-bem. Não temos informação nem divulgação de nada porque confiamos no passa palavra. Não lemos livros, mas lemos passagens. Durante o fim-de-semana damos os passeios dos tristes e durante a semana estacionamos no passeio mas nunca na passadeira. Apesar dos galicismos, continuamos a ter passagens de ano com as tradicionais passas de uva onde damos umas passas num charro. A seguir ao caldo verde lá vamos bêbedos que nem uns cachos para a estrada passar alguém a ferro. Passamos o tempo a falar no passado, que antes é que era (e devia ser mesmo, para ter que haver um mais-que-perfeito). Em todo o caso somos um país completo: ou alguma coisa se passa ou não se passa nada. Se Portugal jogasse poker, passaria sempre, medroso. Não é de admirar, muitos dos jogadores já passaram de validade e graças a eles passa-nos tudo ao lado.

E se acharam o post estranho, não se preocupem: isto passa-me.

   

 

Fé no futuro

 

 (10)



Num mundo cada vez mais global e em que cada Homem é cada vez mais uma ilha, onde os conflitos já não chocam ninguém, em que a apatia é cada vez mais uma religião e a religião é cada vez mais uma patologia, há coisas que nos reconciliam com a vida. Uma delas é, sem dúvida, um bom prato de iscas de cebolada. Com montes de molho.

 

Grandes enigmas da Humanidade

 

 (4)



Como é que se evita que o raio do fiambre rance no frigorífico?

 

Por um mundo melhor

 

 (12)



Todos os escritores beras deviam ser condenados a pena suspensa.

   

 

Grande dica

 

 (6)



Bato palmas e dou pinotes no ar. Após meses (anos!) a respeitar o distíco afixado na minha caixa de correio que declina a inserção de publicidade não endereçada, eis que um distribuidor da Dica da Semana me dá um cheirinho do que tenho andado a perder durante este período de autismo postal que hoje terminou.

Para quem não conhece, este fantástico hebdomadário é um suplemento alegadamente informativo do caderno de promoções da cadeia de supermercados Lidl. Para dar um ar mais sério à publicação, incluem-se entrevistas a personalidades cuja carreira ou notoriedade entrou em decadência há um mínimo de dez anos. A contemplada desta semana, por exemplo, é Ana Zanatti.

Mas a excelência deste semanário está na divulgação científica, particularmente na área dos tratamentos de emagrecimento. Sem mais delongas, eis o DILUBA.



Ao contrário do que o seu nome possa indicar, DILUBA não é nenhum amigo do elefante Babar. E ao contrário do que a Acção Ventre Liso possa dar a entender, o DILUBA também não é nenhum grupo especial da Polícia Judiciária. E ao contrário do que a fotografia mostra, DILUBA também não é uma marca de cuecas manhosas. DILUBA é, isso sim, «uma fórmula natural sem efeitos secundários para a saúde» de extraordinária eficácia, pelo menos a julgar por estas alegações:



Na verdade, porquê alguém contentar-se em abater uns míseros 40% do volume do seu ventre quando pode fazer uma ventretomia total?

Mas como não há bela sem senão, este admirável estágio da vida desprovido de ventre não é para todos:



Resumindo, só pessoal lavadinho e que faça uma dieta calórica é que está habilitado a gozar as benesses de DILUBA. Até já ouvi dizer que os únicos casos de pessoas que não perderam uma percentagem brutal do ventre ao tomar as cápsulas DILUBA, ou não faziam dieta ou lavavam mal os dentes e salpicavam o assento da sanita.

   

 

Um Óraculo de Belline em cada casa. Já!

 

 (3)



Marques Mendes: “Infelizmente os portugueses não vivem de previsões” (Público)

Excepção feita, claro está, a Miguel de Sousa, o Vidente das Estrelas que parece viver bastante bem à custa das suas previsões.

 

Recordações de infância

 

 (3)



-Quando era miudita tive um terçolho...
-Ah foi? Que queriiida... Como é que se chamava?

 

Tantras dúvidas

 

 (3)



No sexo tântrico, o que é se será considerado como ejaculação precoce?

   

 

Chino

 

 (7)



Desde 1498 que Charles Bronson é um padeiro que tenta impingir aos clientes aparelhos de televisão antigos.

 

Há gente esquisitinha

 

 (6)



Nunca percebi por que é que há pessoas que ficam aborrecidas quando chove alegando que o carro vai-se sujar, ainda ontem o lavei... É que é precisamente (unicamente) nesses dias que o meu carro anda limpo.

 

I Got a Catholic Block

 

 (8)



Deus criou o homem à sua imagem; foi à imagem de Deus que Ele o criou; criou-os homem e mulher (Génesis 1:27)
Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou (Génesis 2:2)

Conheço poucas pessoas que não estariam dispostas a descansar logo ao 5º dia. Alguma coisa correu muito mal no processo de reprodução do original. Somos xerocópias de baixa resolução.

Além do mais, um Deus que precisa de descansar não inspira muita confiança.

   

 

O poder da labreguice é infinito

 

 (6)



Para quem ainda não viu o anúncio televisivo da nova Água das Pedras Melão & Hortelã, aqui fica uma sinopse.

Uma veraneante bronzeada entretem-se na praia com um passatempo que eu já não via há uns 30 anos e que envolve sucessivos movimentos de abertura e junção dos braços. Está lançado o pretexto para a câmara viajar pendularmente ora na direcção do exuberante peito da banhista, ora na direcção oposta. Uma voz off reforça a associação dizendo qualquer coisa sobre melões.

Claramente, a malta da Unicer quer à viva força descolar a Água das Pedras da imagem que tem como água de velhos, objectivo que me parece ter sido plenamente atingido. Daqui para a frente, a Água das Pedras vai ser vista como uma água de velhos rebarbados.

 

Henry David Thoreau dixit

 

 (5)



Tiro o meu chapéu a esta ideia que certamente será já um dos muitos frutos do Simplex. Uma Inspecção Geral (assim, sem mais) é qualquer coisa de genial. Os homens inspeccionam tudo. Do abate de gado às competições desportivas, das obras municipais aos mancebos do Exército, não lhes escapa nada. Desta forma poupam-se recursos e formam-se profissionais de valor incalculável.

O precedente está lançado. A seguir virá a Direcção Geral, a Secretaria de Estado, o Ministério, e quem sabe, um dia, o País.

 

Resumindo

 

 (1)



Exceptuando italianos, alemães e franceses, somos os melhores do mundo.

   

 

Paralelo cultural

 

 (1)






Um Adeus Português
Um Bazar Chinês

   

 

Colunável

 

 (7)



O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Freitas do Amaral foi hoje [ontem] operado com êxito a uma lesão na coluna [...]. Hoje [ontem], o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros assistiu à posse do seu sucessor – Luís Amado, [...] e depois foi conduzido a um hospital, cujo nome não foi divulgado, para ser operado. (Público)

Por acaso vi imagens da tomada de posse. José Sócrates cumprimentou Freitas do Amaral com umas valentes e bem viris palmadas nas costas. As costas, relembro, têm uma coluna mesmo ao meio.

Um trabalho só está verdadeiramente concluído quando termina com uma palmada nas costas.

   

 

Vivó Portugal!

 

 (10)



Nem quero imaginar a quantidade de Cristianos Ricardos que vão ser baptizados este mês.

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